quarta-feira, 25 de novembro de 2009

E o Milan não consegue vencer no San Siro


No dia 04/12/2007 aos 24min do segundo tempo de jogo, Kaká tocou em profundidade a Cafu, que cruzou rasteiro para Inzaghi tocar para o fundo do gol de Boruc, selando a vitoria do Milan sobre o Celtic da Escócia no estádio San Siro, em Milão.

Da última vitória dos Rossoneri até o empate de hoje contra o Olympique de Marselle por 1x1 o tabu registra quatro jogos pela Liga dos Campeões sem vencer em seus domínios. Duas derrotas (0x2 Arsenal pela temporada 07/08 e 0x1 Zurich pela temporada 09/10) e dois empates (1x1 Real Madrid e 1x1 Marselle ambos pela temporada 09/10). Péssimo aproveitamento para um time em ascensão, que cresce em momentos importantes, mas que sofre com a falta de confiança (em casa) de um time que já foi desacreditado no primeiro trimestre da temporada.

O Milan dava a impressão de garantir seu passaporte para a próxima fase da Liga e derrubar o tabu nos primeiros 10min de jogo. Pressionava o time francês empurrando a zaga adversária cada vez mais para o gol de Mandanda. Em jogada individual de Borriello, o atacante passou fácil, muito fácil pelo argentino Heinze e abriu o marcador aos nove minutos da primeira etapa. O jogo acabou neste instante para o Milan.

O time francês cresceu na partida. Trocava passes de forma precisa, abusava da velocidade pelos lados do campo. As jogadas de ataque eram muito bem ministradas pelo argentino Lucho Gonzalez, autor do gol de empata aos 16min de jogo.

O empate fulminante dos visitantes assustou um time que não consegue jogar em casa pela Liga. Com um Ronaldinho mal inspirado o jogo todo, o Milan assistiu o Marselle jogar, criar oportunidades e sair de campo merecedor da vitória.

Segundo colocado no grupo, atrás do Real Madrid que conseguiu vencer o Zurich em casa, os milaneses podem comemorar o fato de decidir a vaga fora de casa contra a fraca equipe suíça. Ainda mais fragilizada por jogar fora do San Siro.

foto: globo.com

QUANDO O JOGO É A ARTE



Em certas situações, o pecado pode servir de inspiração para a redenção. Há duas semanas, o Barcelona perdeu uma invencibilidade de 10 anos para equipes do leste europeu por abusar do excesso de preciosismo. Por jogar bonito, mas não vencer a modesta equipe do Rubin Kazan.


Nesta terça-feira, num Camp Nou tomado por torcedores catalães, o Barça chegou a entrar em campo pressionado pela possível desclassificação precoce na Liga dos Campeões e desfalcado de dois de seus principais jogadores: Messi e Ibrahimovic. Porém, o jogo bonito prevaleceu. Fez-se presente e mais, foi objetivo. Transformado em gols. O forte esquema tático e técnico do Barcelona anda anos luz a frente da Internazionale, mesmo a equipe italiana sendo dirigida pelo estrategista José Mourinho.


Em campo, um Barcelona recheado de pratas da casa, sete no total. Jogadores formados em épocas diferentes, mas com padrões técnicos jogados desde os seus nove, dez anos de idade. Gerações como as de Puyol, Xavi e Iniesta são melhoradas com Messi e Valdez e transformadas em “super-ultra-mega-master” com Pedro Rodriguez (que jogador), Busquets e Cia. Já a inter entrou em campo com 11 estrangeiros, uma Babilônia futebolística. . A verdade é que a Inter é mais internacional do que o próprio nome. Alcançar o título internacional parece um sonho distante de ser alcançado.


O jogo em si, um dois a zero respeitável. Mais por respeito do Barcelona a equipe “italiana”. O melhor retrato do jogo foi definido pelo segundo gol do Barça. Troca de passes envolvente, cruzamento perfeito de Daniel Alves (segundo melhor da partida) para a conclusão certeira de Pedrito Rodriguez, o melhor jogador em campo.


Pronto. Era tudo o que o Barcelona precisava como inspiração para o super-clássico contra o Real Madrid no próximo domingo. De pressionado o Barcelona retorna ao seu posto original: de melhor equipe de futebol do mundo e favorito a qualquer competição.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

E o tabu continua...

Parte do tabu foi quebrado no San Siro. O Real Madrid finalmente conseguiu marcar mais um gol no Milan jogando no estádio italiano o que não acontecia desde 1956. Pouco para a equipe derrotada há duas semanas em Madrid. O Real buscou o jogo. Conseguia jogar coletivamente, muito pela esquerda e ora pela direita. Finalizava, mal, mas finalizava. Envolvia a defesa do Milan empurrando os volantes para perto dos zagueiros, o que facilitava os espaços para os chutes a gol. Kaká não foi brilhante, mas ministrava a equipe merengue rumo a vitoria, como no chute que resultou no rebote para o gol de Benzema.

Assustado o Milan mal conseguia passar do meio campo. Ronaldinho e Pato estavam agitados, queriam jogo. Mas a bola não chegava. Em um lance despretensioso o juiz entendeu pênalti de Pepe ao colocar a mão na bola (mão na bola ou bola na mão é falta). Ronaldinho empatou o jogo que era do Real. Era. O Milan passou a trocar passes de forma mais inteligente, acionando cada vez mais seus “pontas de lança”. O primeiro tempo acabou dando a impressão de um grande segundo tempo.

O inicio do segundo tempo do Milan dava a impressão de pressionar o Real no seu campo de defesa. O Madrid errava passes demais. Quando acertava a jogada não era concluída. Foram tortuosos os 45 minutos finais de jogo. Erros de passe, chutes longes da meta, e muitas faltas no meio campo. Deixando de lado alguns lances do faminto Ronaldinho, o jogo no segundo tempo foi xucro.

Pouco para o Real que dependia deste resultado para a tranqüilidade voltar ao Santiago Bernabeu. Pouco para o Milan que perdeu uma grande oportunidade de, praticamente, se garantir na próxima fase da Liga.

Ambas as equipes dependem apenas de si para partir rumo as oitavas de final da Liga. Pior para o Olympique de Marseille, que enfrenta os dois gigantes em confrontos diretos.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Com o toque de Leonardo



O Milan conseguiu emplacar um bom jogo. Não com uma ótima apresentação, mas jogou de forma precisa, principalmente no segundo tempo. Em um primeiro momento todo do Real, o Milan apenas estudava o time espanhol. Jogou mais preocupado em anular Kaká do que criar. As únicas saídas do time italiano eram pelo lado esquerdo. Setor ocupado por um Ronaldinho muito voluntarioso. É verdade que um pouco firulento demais, mas bastante acionado. Como os outros jogadores apenas observavam o Real Madrid, a vitória parcial dos espanhóis era justa.


Leonardo não tem em suas mão um bom elenco. È o cara certo, mas na hora errada. Porém, ontem foi o seu toque que deu a vitória ao Milan e colocou o clube de volta na briga pelas oitavas da Liga.


Suas mudanças táticas resultaram em um Milan um pouco mais criativo, um pouco. Pirlo como meia da mais opções de ataque ao Milan, já que o jogador é muito técnico e finaliza de forma mortal, como no gol de empate de seu time. Com Pirlo e Ronaldinho na esquerda, Seedorf e Pato na direita, as jogadas iam saindo. O Milan conseguiu passar a frente do Real após falha de Casillas como Dida havia falhado no primeiro gol do Real.


As mudanças de Leonardo também abriram portas para o empate do Real Madrid. O lado direito do Milan enfraqueceu depois que Pirlo foi atuar na esquerda. Era o setor mais lento da equipe. O técnico do Real, Manuel Pellegrini, foi perceptivo e lançou o rápido holandês Drenthe para explorar o lado direito da defesa do Milan. O Real empata o jogo justamente com o jovem holandês depois de jogada ensaiada.


Criatividade. Em um lance de pura criatividade e brilhante de Seedorf o veterano holandês encontrou Pato livre-livre na Ponta direita para finalizar ao gol espanhol.


Leonardo foi muito bem, mesmo sua equipe não atuando bem todo tempo de jogo.


Ao Real resta trabalhar mais coletivamente. A equipe depende muito de jogadas individuais. Sentiu demais a falta de Cristiano Ronaldo e de Kaká, mesmo com o segundo presente em campo.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

O bonito que não resolveu




A equipe do Barcelona é uma das mais vistosas de se ver jogar nas últimas quatro temporadas. O Barça é uma equipa que se caracteriza por jogar com classe. Porém, em casos extremos e dias em que o último passe teima em não entrar, coisas estranhas acontecem. E como...



O Barça nunca havia perdido para uma equipe russa em seu campo jogando pela liga dos campeões. Quando perdeu para uma equipe do leste europeu em casa fora surpreendido por um Dynamo de Kiev que apresentava ao mundo Shevshenko e Rebrov. Não foi o caso de ontem contra o modesto e fraco Rubin.



Em um chutão a um minuto de jogo, Rafa Márquez errou e a bola sobrou para um petardo de Ryazantsev, que não chega nem perto dos bons jogadores ucranianos citados. A frieza da equipe ao tomar o gol dava a impressão de que o Barcelona retomaria o jogo para si e transformaria a superioridade em gols. Não foi o que aconteceu. O Barça trocava passes, valoriza demais a posse de bola, mas insistia e muito, em jogadas pelo meio. Setor recheado de russos, georgianos, e até espanhóis da equipe Russa. Quando atuava com velocidade e, principalmente, pelos flancos do campo abusando das tabelas as chances apareciam, porém combatidas pelo preciosismo exagerado de seus jogadores. Faltava finalizar. Fazer o simples.



O Barcelona chegou ao empate. E mais uma vez foi surpreendido pelo Rubin. A equipe esperava tanto um erro da defesa adversária que errou. Um passe errado no meio-campo proporcionou o contra-ataque letal da equipe russa - puxado por Dominguéz e concluído por Karadeniz. Bons jogadores, só isso.



O que mais impressiona não é a derrota da equipe catalã. O Barcelona ainda tem nos confrontos diretos enormes possibilidades de chegar ao primeiro lugar do grupo. O que chama a atenção é a apatia que vive seu principal jogador (Messi) Que sofre o peso de sua seleção e não esquece dos problemas atuando bem em sua equipe.



terça-feira, 13 de outubro de 2009

Os erros de Muricy


O líder Palmeiras tinha tudo a seu favor para, praticamente, garantir o título brasileiro. Sabia que SE vencesse o virtual rebaixado Náutico abriria oito pontos de vantagem para o São Paulo. Mas, como “se” não existe, um apático Palmeiras entrou em campo ontem nos Aflitos. Pior, Muricy que como Luxa não se acanha em dizer que o verdão tem um bom time e não um bom elenco errou. Sim, errou em acreditar que Willians poderia ser a solução para fechar o lado esquerdo da defesa palmeirense sendo amparado pelo péssimo Marcão. Errou por sobrecarregar o sonolento Cleiton Xavier na armação das jogadas. Errou por escalar Ortigoza como titular mesmo sabendo que o trio truculento de zagueiros do Timbu são pesados demais, o time precisava de mais velocidade.


A tão elogiada zaga de Muricy erra em duas rodadas crucias para o título. Muito pelos tropeços dos rivais. O Palmeiras poderia estar numa boa, poderia. A pane do estadual voltou nas duas ultimas rodadas. Dos últimos seis gols sofridos, quatro foram de cabeça.


As desculpas estão nos desfalques, o que é um bom álibi para o líder. O grande desafio agora é encarar o animado time do Flamengo em casa. Um bom momento para o “reforçado” verdão de Muricy colocar os trilhos nos eixos e se consolidar como o grande favorito ao título.


quinta-feira, 8 de outubro de 2009

O vacilo Tricolor em casa

Ricardo Gomes tentou. Mesmo com três importantes desfalques conseguiu armar um time muito mais que competitivo. Um time que sabe jogar para ser campeão.

O time conseguiu fazer esse jogo, por apenas 20 minutos. Marcou pressão, atacou, criava muitas oportunidades de gol e conseguiu marcar logo no começo. A base tri campeã parecia que, impondo um futebol vistoso, golearia a insustentável defesa coritibana. Parecia...

Após marcar seu gol o tricolor paulista desistiu de jogar. Com isso, fez o Coritiba gostar do jogo e acionar muito mais o polivalente Marcelinho Paraíba.

Ney franco localizou o caminho a ser traçado. A direita defensiva do SP estava muito mal amparado por Adrian Gonzalez e muito mal protegido por Jean, o volante ala-direito. Colou o rápido Renatinho no setor e após um bate roupa de R. Ceni para o meio da área o garoto empatou a partida. Muito assustado com o gol tomado o tricolor não conseguia sair para o jogo. O castigo veio à tona quando Marcelinho cobrou escanteio venenoso e R. Ceni falhou novamente. A bola morreu no fundo das redes. Pelo início do São Paulo o resultado era injusto, mas pela pane na defesa e pelo recuo inoportuno o placar já não surpreendia.

O “tudo ou nada” credenciou o segundo tempo. Ricardo Gomes sacou o zagueiro André Dias, lesionado, e lançou o garoto Oscar. O início parecia ser promissor. Novamento parecia... O tricolor retornou muito melhor do que no fim do primeiro tempo. Mas jogava muito mais pela força de vontade do que pela técnica. Era nítida a péssima noite de Hugo e Borges. As oportunidades do empate nasciam dos pés do garoto Oscar, muito ágil, e, com o desesperado Dagoberto querendo resolver tudo sozinho. Após boa troca de passe iniciada por Oscar o próprio jogador finalizou para no rebote de Edson Bastos, Washington empatar.

O Coritiba não soube aproveitar o lado penso da direita tricolor com Zé Luis atuando como zagueiro. O São Paulo não soube jogar como time que busca um campeonato. Jogou com desespero. No fim o Coritiba esteve ainda mais perto da vitória após uma bola na trave metida por Marcos Aurélio.

O resultado foi justo. Muito pela visão de Ney Franco explorando os defeitos defensivos do tricolor na partida. E, muito pelos poucos momentos de nitidez de todo o time do São Paulo.